Na mitologia grega, Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade.

Ela foi considerada a personificação do ideal de beleza dos gregos na Antiguidade. E, na Idade Moderna serviu de inspiração para diversos artistas do Renascimento.

História

Afrodite era filha de Zeus (deus dos deuses) e Dione (deusa das ninfas).

Casou-se com o deus do fogo, Hefesto. Porém, teve inúmeros amantes, tanto deuses como homens mortais, sendo que, de suas aventuras, foram gerados vários filhos.

Com Ares, deus da guerra, teve diversos filhos, como Eros, Anteros, Deimos, Fobos, Harmonia, Adrestia, Himeros e Pothos.

Com Hermes, o deus mensageiro, Afrodite gerou o deus Hermafrodito (mistura dos nomes dos pais), que tinha como características, além da beleza dos pais, os órgãos sexuais de ambos os genêros.

Com o deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do casamento), e com Dionísio o deus do prazer, das festas e do vinho, teve o filho Príapo, o deus da fertilidade..

Afrodite gerou também um filho do mortal Anquises, que foi chamado de Enéias, e que foi um herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais como Adónis, Faetonte e Cíniras.

Apesar de ser conhecida como deusa do amor, Afrodite era muito vingativa, e não tinha piedade de seus inimigos. Teve como principais rivais as deusas Hera e Atena. Aliás, sua desavença com essas deusas deu origem a Guerra de Tróia.

Nas festas em homenagem a Afrodite, as sacerdotisas que a representavam eram prostitutas sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era considerado um ritual de adoração. As festas eram consideradas “afrodisíacas”  dando origem a esse termo.

Vários artistas (pintores e escritores) já na época da Renascimento retrataram Afrodite, como Botticelli, em sua obra “O nascimento de Vênus”.

O Nascimento de Vênus

Os deuses gregos faziam parte da espiritualidade do povo os quais eram reverenciados e cultuados com ritos, festas e oferendas. Na mitologia romana, Afrodite é correspondente à deusa Vênus.

Deusa Afrodite – ATRIBUTOS

“Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo”.

Deusa Afrodite

A citação de Ovídio mostra que Afrodite era vista como a responsável pela perpetuação da vida, abrangendo toda a Natureza. De acordo com os pontos de vista cosmogônicos da natureza de Afrodite, ela era a personificação dos poderes generativos da natureza e mãe de todos os seres vivos. Um traço dessa noção parece estar contido na tradição no concurso de Tifão com os deuses, onde Afrodite metamorfoseou-se em um peixe, animal que foi considerado possuindo as maiores potências geradoras. Mas de acordo com a crença popular dos gregos e suas descrições poéticas, ela era a deusa do amor, que colocou a paixão nos corações dos deuses e dos homens, e por este poder reinou sobre toda a criação viva.

É de notar que por Afrodite ter sido considerada nascendo do mar, ela foi venerada desde tempos remotos como deusa do mar e da navegação. No entanto, ela não é uma divindade marinha no sentido em que o São Poseidon e outros senhores do mar. A mesma majestade com que ela enche toda a natureza fez do mar o local de sua aparição. Seu advento aplaina as ondas e faz a superfície das águas fulgir como uma joia. Ela é o divino encanto do mar calmo e da feliz travessia, assim como é o encanto da natureza florescente. Ela é denominada “deusa do mar sereno” e faz com que os navios cheguem em boa hora ao porto; por isso ela foi chamada de “deusa da boa viagem”, “que assegura a navegação propícia”, Acraia (Akraía), “deusa dos promontórios” (porque lhe dedicavam templos em locais que são bem visíveis do mar), Pôntia (Pontía) e Equórea, isto é, “marítima”, e Nauarca (Nauarkhís), “senhora das naus”.

VÊNUS

No período helenístico, a cultura grega dominou a Macedônia, a Síria e o Egito. Assim, há uma predominância das artes e ciências gregas no mundo ocidental. Mais tarde, com a expansão de Roma, cada um dos reinos daqueles territórios foi absorvido pela nova potência romana. Antes disso, porém, os próprios romanos adotaram traços da cultura grega, e mais tarde do helenismo, daí a cultura grega ser depois perpetuada pelo Império Romano. Os romanos apropriaram Afrodite para si durante a conquista das cidades gregas do sul da Itália peninsular, como Pesto, e, em seguida, na Sicília, onde a deusa foi venerada em Siracusa.  Vênus pode ter sido a deusa sucessora de uma divindade etrusca em um ponto muito cedo na história romana. No entanto, o conceito romano de Vênus e seus mitos são baseados nas obras literárias da mitologia grega em relação a Afrodite. Vênus é um substantivo latino que significa amor sexual ou desejo sexual.

Foram os romanos que fizeram da divindade também uma deusa militar, além da beleza, do amor, da fertilidade e da sedução. Na mitologia romana, ela é a mãe divina de Eneias, o ancestral do fundador de Roma, Rômulo. Em Roma, ela era venerada em um templo no Capitólio. Júlio César foi um dos imperadores que adotou Vênus como sua protetora.

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