Rudraksha é o nome dado às sementes oriundas da árvore da espécie Elaeocarpus ganitrus, encontrada na Índia, no Nepal, no Tibete, na Indonésia e na Malásia, cujas sementes, tiradas do fruto – semelhante a uma noz da planta de mesmo nome, são consideradas como verdadeiras joias nos Vedas, Puranas e nos Upanishads, muito utilizadas nos japamalas para meditação, tanto pelas suas propriedades medicinais, bem como por estar associada à figura mitológica do Senhor Shiva, um dos avatares da filosofia hindu.
A árvore rudraksha é grande, possui largas folhas verdes e crescem comumente na área da planície aos pés do grande Himalaia e região central do Nepal. Leva de 15 a 16 anos para que uma árvore de rudraksha atinja sua maturidade e dê frutos.
A tradição hindu conta que após um longo período de meditação, Shiva ficou em meditação por 1000 anos com os olhos semi serrados até que seus olhos finalmente cederam e a primeira lagrima que caiu de seus olhos no terreno tornou-se uma Rudraksha. Por isso é muito comum Shiva ser representado utilizando um japamala de rudraksha.
Etimologia
O nome rudraksha ou rudrākṣa, em sânscrito, é um termo composto (rudra (रुद्रः) = deus dos trovões + ākṣa = olho) que é dado tanto a esta árvore como também a seus pequenos frutos e sementes, sendo estas muito prezadas por suas supostas propriedades sagradas (Sri) e curativas de acordo com o sistema tradicional de medicina da Índia: Ayurveda*.
Propriedades medicinais
Cada Rudraksha age como um gerador de bioenergia, cobrindo o campo energético do portador, chakras, energia kundalini e os 108 centros nervosos sensíveis no cérebro humano.
Medicinalmente elas são conhecidas por curar muitas das doenças da mente e do corpo, ser resfriamento quando usado contra a pele, reduzir a doença cardíaca e baixar a pressão arterial, aumentar a clareza mental, memória e consciência geral, acalmar o sistema nervoso central, Livre de pensamentos negativos, aumentar a imunidade, energia e resistência, e rejuvenescer toda a mente e corpo.
Características das Sementes
Em cada semente de rudraksha podem ser vistas linhas percorrendo toda sua superfície, de cima a baixo. Estas linhas verticais são chamadas mukhi, que em sânscrito significa algo como “fendas ou sulcos na superfície”. As linhas dividem as sementes em ‘gomos’ e determinam suas propriedades energéticas.
Por exemplo, as sementes com uma linha vertical são rudrakshas de um mukhi, aquelas com duas linhas são de dois mukhis e assim por diante. Sementes que possuem de 1 a 21 mukhis, são comumente encontradas. Já as sementes com 22 mikhis para cima são muito raras.
As sementes de rudraksha com cinco faces são encontradas muito facilmente e em abundância. Por isso são mais acessíveis e suas propriedades são mais conhecidas.
De acordo com a tradição hindu, as sementes de cinco mukhis estão associadas ao planeta Júpiter, o grande benéfico – segundo a astrologia – e controla os cinco elementos: Agni (fogo), Jal (água), Vaayu (ar), Aakash (céu), Prithvi (Terra).
Por isso acredita-se que é uma das mais completas e poderosas manifestações energéticas capaz de promover a cura, liberação, proteção, equilíbrio e recomposição naqueles que usam as sementes consigo.
*Ayurveda: é o conhecimento médico desenvolvido na Índia, há cerca de 7 mil anos, o que faz dela um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade.
Fonte e fotos: wikipedia, maosocupadas, camilazivit
Parceiro: Mística