A Deusa Maya (Deusa Māyā) é retratada no Hinduísmo e na Mitologia Védica como uma das forças que criou e mantém o universo físico. Brahman é considerado o poder cósmico supremo de cada objeto físico e o conhecimento universal. O ego, o indivíduo, o meu e o seu são considerados ilusórios, pertencendo à Maya. É atravessando esta ilusão criada pela consciência que podemos chegar até a verdade, ao estado mais elevado e iluminado.
É importante diferenciarmos Maya de Māyā. Enquanto no ocidente sempre veremos o termo “Maya” se referindo à Ilusão e a esta Deusa, seu nome mesmo é Māyā, pronunciado Maiá. Maya, por sua vez, é um demônio que também originou sua própria Māyā. Como foi convenciado Maya para a Deusa e para a Ilusão em si, neste post também escreveremos Maya se referindo a ela.
Logo, a Deusa Maya não pode ser real se considerarmos Brahman absoluto e como única realidade, mas a Deusa também não pode ser irreal pois é a base do universo físico. Sua existência então envolve sua compreensão sem sua negação assim como a compreensão da própria natureza. Como a face oculta da Deusa na Wicca, talvez nunca a entenderemos por completo.
Atribuições: Ilusão, sonhos e criação, muitas vezes representada como uma Deusa, a personificação do poder criativo
Símbolos: Aranha, figueira
Local: Índia
Deusa Maya – Mãe e criadora
A Deusa Maya é considerada a forma eterna de Shakti, o poder feminino e a Mãe Divina. Assim ela assume todas as formas e ilumina todos os lugares. Nesta forma como Mãe Divina, a Deusa Maya se assemelha à Deusa Durga.
A Deusa Maya também é considerada parte de Shiva, sendo totalmente penetrável e fonte de ilusões e enganações. Essencialmente, a Deusa Maya é aquela que cega todos em ilusão, possuindo ao mesmo tempo o poder de mostrar a verdade.
No Busdismo, Maya (também Māyā) é a mãe de Buda. Ela também é chamada de Mahāmāyā (Grande Māyā). Ela faleceu no plano terreno alguns dias após o nascimento de seu filho, ressuscitando 7 dias depois no céu budista. Dizem que quando seu filho meditava sob uma figueira, eles se conectavam.
Deusa Maya – A teia do universo
É dito que a Deusa Maya é a responsável por girar a Roda do Destino, vista muitas vezes como uma aranha tecendo com sua teia e, portanto, representando o arquétipo da Tecelã, também visto em outras culturas.
A aranha, símbolo principal de Maya, é também símbolo da criatividade, capaz de tecer seu próprio mundo ao seu redor. A aranha é capaz de prosperar em qualquer local e em qualquer situação graças à sua formidável habilidade de se adaptar.
Em diversas culturas a aranha é vista como a tecelã do universo. Ao tecer sua teia a aranha é capaz de dar vida a novos mundos, sempre conectados entre si.
Imagens e fonte: Santuario Lunar